sábado, 7 de fevereiro de 2009

Lendo a vida.


A vida é uma biblioteca imensa. Um labirinto de prateleiras e lombadas coloridas. Cada passo que damos atravessa milhares de histórias diferentes. Às vezes paramos para folhear algum livro, deixamos uma anotação no rodapé de uma página qualquer. Alguns livros nos trazem um título interessante, e tomamos o esforço de abri-lo. Dentre eles, certos nos ensinam algo. Outros apenas nos ensinam a fechá-los. Outros ainda nos dizem que não deveríamos lhes ter aberto.

Mas poucos, muito poucos, talvez os mais surrados, velhos e empoeirados, ignorados pela aparência, carregam palavras como ruínas engravam ouro.Que pode parecer apodrecido para muitos, mas para quem o abriu, lhe vale mais que o respirar.

'São tudo' palavras. Feitos dela. Da tinta e do amigo (papel). De dois amigos e um laço líquido. Caligrafias e motivos diferentes. Passamos pelas longas seções, meras mínimas partes de seu infinito, bilionário acervo. Às vezes ignoramos o que se passa por trás das duras capas constrictoras. Pode-se apenas imaginar: não há como ler todos eles.



A.G.

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